ZULUSA

“Zulusa” significa a junção de zulus + lusitanos, que somado ao índio, é a origem ancestral e também a essência do povo amapaense. Neste disco, a cantora Patrícia Bastos retrata a arte regional como algo contemporâneo e universal e consolida a proposta da busca por uma sonoridade mais latente, já anunciada em “Eu Sou Caboca", disco lançado em 2009 e que lhe rendeu duas indicações ao Prêmio da Música Brasileira.

”Zulusa” apresenta a variedade de ritmos do norte do país, misturando o batuque, o marabaixo, o cacicó e o zoulk com guitarrada, embolada, cúmbia e fado. Com a proposta de focar no aprofundamento desses ritmos, norteado pelas influências musicais de Patrícia, como um passeio pelo seu ambiente musical, “Zulusa" também extrapola os limites geográficos e apresenta inovação e profundidade sonora.

Produzido por Dante Ozzetti e Du Moreira na ponte São Paulo – Macapá, foi priorizado um tratamento sonoro que coloca a origem regional e amplia seu conteúdo para uma sonoridade de linguagem universal, seja por meio de inserções eletrônicas, que dialogam com os instrumentos acústicos, seja pelo processo de modulação, que permite autonomia dos instrumentos percussivos na sustentação das músicas.

O processo de pesquisa no campo rítmico e autoral das composições durou cerca de um ano e as músicas foram encomendadas a autores como Alan Carvalho, Ronaldo Silva, Joãozinho Gomes, Dante Ozzetti, Luiz Tatit, Vítor Ramil, Guinga, Paulo César Pinheiro, entre outros, exclusivamente para esse projeto.

O disco foi premiado no 25° Prêmio da Música Brasileira 2014 nas categorias “Melhor Álbum Regional" e “Melhor Cantora Regional", além de ter recebido indicação na categoria “Revelação". Também foi um dos selecionados no no Edital Amazônia Cultural para realização de turnê de lançamento na Região Norte. Foi também considerado um dos 100 melhores álbuns da música brasileira em 2013, por Ed Felix.

O show do LP ”Zulusa”, além de Patrícia, reúne músicos do Sudeste e Norte do país, como os paulistas Dante Ozzeti (violão e direção musical) e Du Moreira (baixo elétrico e teclados) e os paraenses do Trio Manari, que tocam vários instrumentos de percussão típicos da região amazônica, como os tambores curimbó, tambor d´água, além de marabaixo e saba, entre outros.

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